Reproduzo esta carta, na certeza da necessidade pela qual o povo se encontra, no que se refere a decisão que os conduzirão a um acerto ou erro de pelo menos, por 4 anos.

Exercer cidadania na Roma Antiga
significava o direito de cada pessoa possuía e podia exercer na política
em benefício da vida e da comunidade onde sua participação ativa se
manifestava através deste exercício: cidadania. Para nós a cidadania se
amplia como participação ativa no cumprimento do mandato missionário de
Jesus Cristo.
Nosso grande desafio no exercício da
cidadania no século XXI é promover mudanças que eneficiam a vida e o ser
humano dentro da sociedade em que estamos inseridos como metodistas.
Exercer a cidadania é buscar a conscientização de cada indivíduo dentro
da sua comunidade onde cada um deve ter bem claro os seus direitos e
deveres em sociedade.A cientista política Hannah Arendt faz a seguinte
afirmação:
“Perdendo sua cidadania, enquanto
vínculo que o liga a um determinado Estado e que é a nacionalidade, o
indivíduo fica à margem dos processos socioeconômicos e políticos, o que
o torna supérfluo na sociedade e o exclui do espaço público. Não tem
vez nem voz.
A cidadania, enquanto nacionalidade
vincula o indivíduo a algum tipo de comunidade jurídica e politicamente
organizada. Isto possibilita que o indivíduo viva numa sociedade onde
pode ser julgado por ações e opiniões de acordo com o estatuto jurídico
dominante. E é esta possibilidade que lhe dá a condição de participação.
A cidadania, portanto, não pode ser reduzida apenas à simples
vinculação à nacionalidade ou à participação política eleitoreira dos
indivíduos na sociedade” (Arendt apud Lafer, 1991:22).
Já o pesquisador José de Oliveira
Baracho, ao desenvolver a Teoria Geral da Cidadania, destaca que “o
conceito de cidadão e cidadania vem adquirindo particularidades, que não
se esgota na compreensão de ser aquele que participa dos negócios da
cidade. Os homens passaram da situação de sujeitos para a de cidadãos,
sendo que na França, somente em 1830, a palavra sujeito desapareceu dos
documentos oficiais. O cidadão, no dizer de Philippe Ardant, introduziu
com ele a democracia, não existe cidadãos sem democracia ou democracia
sem cidadãos” (fonte: “A plenitude da cidadania (Teoria Geral da
Cidadania) e as Garantias Constitucionais e Processuais”).
Cremos na proximidade do Reino de Deus,
em um tempo de justiça. Por sermos membros do ministério responsável
pela orientação doutrinária e pastoral da Igreja, sentimo-nos no dever
de nos dirigir ao povo metodista do Brasil no momento em que o país se
prepara paras as eleições municipais, no próximo mês de outubro.
Nós o fazemos em oração contrita em
favor de todo o povo brasileiro. Nossa intenção é dar as orientações que
julgamos necessárias neste período eleitoral, a fim de testemunhar o
ardor da missão por meio do voto cidadão e responsável.De modo geral,
seguimos o mesmo posicionamento assumido nas Cartas Pastorais anteriores
sobre eleições. Colégio Episcopal da Igreja Metodista"
Extraído do site da Igreja Metodista