terça-feira, 25 de setembro de 2012

O QUE FAZER!



        Este título não é uma pergunta, mas sim, uma exclamação em voz alta, de algo que tem incomodado, não há poucos, mas ainda, muitos se preocupam com a falta de uso do nome Jesus Cristo nos cultos. Hoje a preocupação está em uma apresentação de tantos slides visíveis, já prontos, que não permitem um raciocínio de seus ouvintes e dificulta a manifestação de um Espírito Santo, apto e pronto para agir nas vidas.
Vivenciamos a cada dia, pessoas com uma carência profunda, de algo que ainda não fora apresentado, que é este JESUS o CRISTO. Não sou contrário aos livros de autoajuda, como: controlar sua vida financeira, prosperar na vida, saúde de “A à Z” e outros mais.
            É preciso retornar aos ensinos iniciais, sabendo que “Jesus Cristo, salva”, ênfase que na adolescência, costumávamos ouvir nas pregações e aplicávamos na prática, quando escrevíamos nos outdoors, falávamos nos cultos nas praças ao ar livre, nas pregações em cadeias públicas.
            Saia do comodismo dos templos lotados, onde a preocupação é cada vez mais, ter quantidade, esquecendo-se da qualidade de vida, que tem sido preparada a todos, desde o início dos tempos.  
            Ao lermos o evangelho de João, encontramos sete expressões de JESUS CRISTO, que conduz todos ao Reino dos Céus, estabelecido já, aqui entre nós.
JESUS CRISTO é o pão da vida, que alimenta no dia-a-dia (Jo 6:35);  a luz do mundo, que clarea nossas decisões (Jo 8:12); a porta, que dá o livre acesso (Jo 10:9); o bom pastor, que cuida de todos (Jo 10:11); a ressurreição e a vida, que dá esperança a continuidade da vida (Jo 11:25); o caminho, verdade e a vida, que norteia a todos a buscá-lo (Jo 14:6); a videira, que produz em nós bons frutos (Jo 15:1).
            Reflita quando estiver caminhando, se este nome JESUS CRISTO, produz em você ou já tem produzido alguma mudança.

Paulo Roberto Magalhães

terça-feira, 4 de setembro de 2012

PRAZER E SOFRIMENTO DO DISCÍPULO COMPLETO



O padrão de amadurecimento humano que Deus estabeleceu para seu filho incluía uma mistura de prazer e sofrimento. Podemos afirmar que, por meio de sua humanidade perfeita, Jesus experimentou os momentos de maior enlevo que alguém pode ter, bem como os momentos mais difíceis.
            Vários versículos apontam para essa combinação de prazer e sofrimento na vida de Jesus. Nenhum outro texto do Antigo Testamento é mais convincente a respeito dessa verdade do que Isaías 53, a profecia sobre o Servo sofredor. Embora Cristo fosse inocente (v.9b), foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer como oferta pela culpa em favor dos filhos de Deus (v.10). Depois desse sacrifício, Jesus veria a luz e ficaria satisfeito (v.11).
            Hebreus 12:2-3 fornece detalhes úteis porque, nesse texto, vemos que Jesus realiza duas missões complementares. Ele é o autor e o consumador da fé – literalmente aquele que lidera, que desbrava um caminho nunca trilhado, e a consuma. Isso porque Jesus não veio a esta terra apenas para nos salvar da morte; Ele nos mostrou como viver.
            Notemos esse padrão de prazer e sofrimento também nos versículos iniciais de Hebreus 12: Pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se a direita do trono de Deus (v. 2b). E, logo em seguida, vemos a aplicação imediata para os discípulos: Pensem bem naquele que suportou tal oposição [...] para que vocês não se cansem nem desanimes (v.3).
            Gosto da maneira como Brent Curtis e John Eldredge abordam essa mistura paradoxal de sofrimento e prazer. Eles falam a respeito da capacidade de nosso coração de amadurecer, de realmente expandir para assimilar mais prazer e mais sofrimento.
            Em uma parte de seu livro, Curtis e Eldredge aludem ao prazer recém-descoberto que têm os novos convertidos. Mencionam um missionário amigo deles que pregava para mulçumanos no Senegal. Depois de observar o comportamento das pessoas após a conversão, aquele missionário declarou que muitos mulçumanos, pela primeira vez, passaram a perceber a existência das flores. Isso porque, em sua cultura sombria e repleta de regras, os mulçumanos tendem a valorizar mais o fazer em detrimento do ser. Eles só valorizam uma árvore, por exemplo, se esta produzir frutos, e não apenas por sua beleza inerente...
            ... Curtis e Eldredge também falam sobre o desenvolvimento da capacidade dos discípulos de suportar sofrimento; um limiar crescente que lhes permite assimilar cada vez mais a dor. “Pode ficar com esse dom para você”, poderíamos dizer, sarcasticamente. Entretanto, se tivermos essa atitude, estaremos desperdiçando o melhor plano do nosso Criador para nós. Se nosso desejo fosse atendido, íamos tornar-nos anões emocionais e espirituais.
            Esquecemos, por exemplo, que a palavra latina para paixão [lat, passione] significa literalmente sofrer. A dor está intrinsecamente ligada ao prazer. Pensemos a respeito disso da seguinte maneira. Sermos abençoados como uma família unida e amorosa é uma dádiva divina difícil de igualar. Entretanto, nesses mesmos relacionamentos, também corremos o risco de lidar com sofrimentos, desapontamentos e perdas ainda maiores.
            Muitos conhecem o menor texto bíblico, João 11.35: “Jesus chorou”. Entretanto, quantos se lembram do texto seguinte: então os judeus disseram: “Vejam como ele o amava”? A profunda tristeza de nosso Senhor espelhou o profundo amor que sentia por um de seus amigos mais chegados [Lázaro].
            Os crentes que escolhem uma rota alternativa, que preferem permanecer seguros no que diz respeito a demonstração afetivas, prejudicam seu envolvimento emocional e seu potencial de crescimento. Certamente a possibilidade de sofrermos em um relacionamento amoroso é grande o suficiente para que qualquer um procure autopreservar-se. Entretando, C.S.Lewis nos lembra que “Deus sussura em nossos prazeres, mas brada em meio ao nosso sofrimento”.
O discípulo completo” pg.235/236 (Amadurendo como Jesus)