Alguns líderes tradicionais acusaram Wesley de causar divisões ou cismas ao colocar membros da igreja em classes. Evidentemente, ele foi acusado de “formar igrejas de igrejas”. No vernáculo moderno, ele esta sendo acusado de roubar ovelhas. Ele negava isso categoricamente! Sua resposta era a seguinte: “Se vocês querem dizer que apenas estamos reunindo pessoas das construções chamadas igrejas, então eu concordo. Mas se vocês querem dizer que estamos separando cristãos de cristãos, e dessa forma destruindo a comunhão cristã, então eu não concordo”.
Se procurarmos verificar o motivo do sucesso de Wesley em estabelecer um movimento em células onde outros falharam, percebemos que tem que ver com sua compreensão da natureza dessas “classes”. Esses grupos pequenos (classes) funcionavam como a igreja. Eles realizavam o que a igreja deveria realizar. Quando veio a oposição, Wesley não foi distraído pela igreja tradicional que se considerava a verdadeira igreja. As classes eram a verdadeira igreja para Wesley e, por isso, recebiam a sua atenção especial. Essas classes funcionavam com a autoridade de corpo de Cristo. Visto que Wesley colocava um propósito espiritual e uma natureza doutrinária tão elevada nas suas classes, elas puderam opor-se à resistência da igreja tradicional.
Wesley protegeu seus grupos pequenos porque ele corretamente identificou-se como o coração do seu movimento. Ele simplesmente não desperdiçava seu tempo com pessoas que não participavam da comunidade (ou sociedade). Ele no seu diário em 26 de maio de 1759:...
Este texto encontra-se no livro “A Segunda Reforma”, de William A. Beckham, pág. 142, juntamente com a parte do diário de Wesley.
“As mudanças rápidas são frequentemente temporárias, mas o crescimento lento transforma profundamente.” Mark W. Baker
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Shemá Israel...
A
historiadora Yaffa Eliach conta que, após a Segunda Guerra, um judeu americano
de nome Liberman decidiu resgatar o maior número de crianças judias que haviam
sido escondidas em mosteiros e orfanatos durante o conflito. Foi à Europa, visitando
mosteiros a mosteiros, orfanato a orfanato e, ao entrar em cada instituição,
recitava o Shemá Israel. As crianças
que reconheciam as palavras eram judias.
Shemá
Israel A-do-nai
Elokenu
A-do-nai Ehad.
Ouve
Israel, A-do-nai é nosso D’us,
A-do-nai
é Um.
Ouve, atentamente, ó Israel, preste atenção, abre
totalmente sua percepção, silenciando completamente a mente, medite sobre o que
estiver pronunciando, interiorize e absorva a mensagem de tal forma que se
torne parte de sua própria essência... D’us é Um e é Único, e Ele é nosso D’us.
Este
versículo que inicia uma das mais antigas e importantes orações do judaísmo, o Shemá, é nossa declaração de fé. Nesta é
proclamada a própria essência do judaísmo, o que sempre diferenciou os judeus
de outros povos: a crença na Unidade e Unicidade de D’us e a lealdade eterna de
Israel para com seu D’us. Shemá Israel
foi que o patriarca Jacob ouviu dos filhos em seu leito de morte. Foram às
palavras usadas por Moisés para se dirigir aos judeus em seu último discurso,
no deserto.
O
versículo resume o primeiro e o segundo mandamento do Decálogo; é a primeira
oração que a mãe ensina a seu filho; são as últimas palavras pronunciadas por
um judeu antes da morte. Presenciar durante a Neilá, ao término do Yom Kipur, um judeu recitar em voz alta,
em uníssono com sua comunidade, o Shemá
Israel, é uma experiência espiritual inigualável. Com as palavras do Shemá nos lábuis, muitos judeus
enfrentaram as fogueiras da inquisição e as câmaras de gás durante a Segunda
Guerra. Foram as últimas palavras de rabi Akiva que, preso pelos romanos após a
revolta de Bar Kochba na Judéia, foi cruelmente torturado e executado em praça
pública. Segundo o Talmud, ao pronunciar a palavra Ehad, Único, a alma de rabi Akiva deixou seu corpo.
Artigo
extraído da revista Morashá, nº 25 de 1999.
Assinar:
Postagens (Atom)