quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Final do mundo?


Quero aproveitar este momento que tem sido divulgado nos meios de comunicação: sobre o “fim do mundo“  nesta próxima sexta-feira (21/12/2012).

Quero tecer algumas considerações a respeito.

Dirijo-me a todos que creem nas Escrituras Sagradas e o que nela está relatado em seus vários textos e comentários. Porém, quero fixar-me, apenas no terceiro evangelho do Novo Testamento, segundo Lucas o médico amado, com seus muitos contatos pessoais com os apóstolos e outras testemunhas do relato evangélico.

Desde os primórdios, o ser humano questiona sobre quando o que existe, acabará. Nosso entendimento sobre “todas as coisas” tem um limite, tem um tempo, época, tem fim. Não conseguimos imaginar o eterno, o para sempre e é por isso que somos enganados por aqueles que aproveitam desta limitação.

E justamente isto, era a duvida de tempos atrás e que se torna o mesmo em nossa época. Lucas relata, Jesus disse: muitos falariam sobre este final sem terem conhecimento e enganariam também a muitos. Os sinais serão vistos por aqueles a quem dirijo no início deste texto, os que creem e principalmente relacionam com o próprio Jesus.

Quantas pessoas estão se movendo, por tamanho medo do que sobrevirá neste dia. Buscando abastecer de água e alimento como se estes não terminassem; mascara de gás, caso venha a ter uma guerra química; famílias já estão se dirigindo para locais subterrâneos na fuga de uma catástrofe. “Não os sigais”

O certo é estar pronto, para que quando e se estivermos nesta terra, nada nos abone quanto ao viver em paz, harmonia, respeito, amor com todos que relacionamos.

“Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.” (Mc. 13:32)

Paulo Roberto Magalhães

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

COMO ENFRENTAR A OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS?



Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles. (Ne 4.6)
A oposição aos homens de Deus é comum em qualquer igreja local. É preciso oração e sabedoria para enfrentá-la. Jamais haverá, na face da terra, um líder que faça a vontade de Deus sem despertar opositores ao seu ministério. Isso porque nem Jesus Cristo, o maior dos líderes, agradou a todos.
            Os "sambalates" da vida estão em todas as igrejas locais. O homem de Deus pode realizar grandes obras. Pode esforçar-se pelo Reino de Deus e desgastar-se trabalhando pela Igreja do Senhor Jesus, mas sempre haverá o grupo de opositores sob a liderança de algum "Tobias" ou "Gesém" que procurará prejudicar sua liderança. Entretanto, como aconteceu com Neemias, Deus dá sabedoria, graça e unção, a fim de conduzir-se diante da igreja local e neutralizar a ação dos opositores.
Ninguém pode igualar-se ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo no que diz respeito ao desenvolvimento de seu ministério, realizações, obras extraordinárias demonstradas em salvação, curas, libertação e até ressurreição de mortos. Tudo o que Ele fez foi admirável, sobrenatural e impactante â luz de todas as realizações conhecidas na face da terra. No entanto, a oposição contra Jesus foi de caráter terrível. Como se não bastasse a antipatia de alguns homens, havia também a oposição espiritual. Mas Ele soube enfrentá-las, consciente de sua missão.
No caso de Neemias, no período da restauração dos muros de Jerusalém, portou-se como verdadeiro líder. Um administrador digno de ser referência para os obreiros do Senhor em todos os tempos e lugares. Não se deixou vencer pelas críticas, mas suportou bravamente todos os embates dos seus opositores. Não foi levado pela tentação do poder ou da fama. Neemias trabalhou com ousadia, humildade, determinação e fé.
Os inimigos de Neemias parecem com as pessoas que jamais se juntam aos homens de Deus, mas são usados pelo maligno para inquietar, dificultar e desanimar os que estão à frente da obra do Senhor.
Contudo, vamos refletir sobre o exemplo do líder da reedificação de Jerusalém, buscando inspiração para o nosso trabalho na igreja do Senhor.

Oposição Ferrenha

A ira dos adversários. "E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito..." (Ne 4.1). Como vimos no comentário anterior, Sambalate era o líder da oposição a Neemias. Tinha um cargo importante em Samaria. Os samaritanos, historicamente, sempre foram adversários dos judeus. A princípio, ele e seus comparsas usaram táticas intimidatórias para dissuadir os servos de Deus de continuarem a obra da reconstrução dos muros. Que estratégias eles usaram?

Insinuaram rebelião. Mesmo com todo o cuidado e a prudência de Neemias em manter o silêncio a respeito de seus planos, os inimigos tomaram conhecimento de que uma grande obra estaria para começar em defesa do remanescente de Israel que voltara do cativeiro babilônico. A oposição começou logo. "O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?" (Ne 2.19).
A questão levantada pelos opositores era muito grave, Estariam os judeus tentando rebelar-se contra o rei da Pérsia? Sem informar- se a respeito da autoridade concedida ao servo de Deus, o adversário levantou-se com força usando a insinuação caluniosa a fim de intimidar o líder e seus liderados. Naquele tempo, quando um povo dominado por uma nação ou um império se rebelava, o castigo era terrível. O dominador enviava seus exércitos e arrasava a cidade e destruía o seu povo, não deixando pedra sobre pedra.
Os líderes da rebelião eram mortos, degolados, enforcados ou esquartejados publicamente. A ira dos adversários era violenta. Sambalate vociferava contra os edificadores. "E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?" (Ne 4.2).
Os inimigos ficaram felizes ao verem "os montões de pó e as pedras que foram queimadas". Na reverberação de Sambalate pode-se ter uma idéia rápida de como se encontravam as ruínas das muralhas de Jerusalém.
Qual a causa da ira dos inimigos de Israel? Muitas, sem dúvida. Mas a principal, certamente, era a inveja. Ficaram admirados como em tão pouco tempo os muros e as portas da cidade foram sendo restauradas! Os judeus eram um pequeno número, mas demonstraram uma união visível que chamou a atenção. Eles viram a competência e a capacidade administrativa de Neemias e seus companheiros, logo arderam em ira e inveja.

A resposta à insinuação caluniosa. Neemias não se intimidou. Tinha consciência de que não estava conspirando contra a autoridade de Artaxerxes. Muito pelo contrário, tinha em mãos cartas e credenciais para promover a reconstrução dos muros de sua cidade natal, a terra de seus pais. Soube responder de forma precisa à insinuação mentirosa. "O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos..." (Ne 2.20).
Normalmente, nas igrejas, quando surgem calúnias contra a liderança ou contra algum membro, temos a tendência de apenas orar e deixar as coisas acontecerem. Mas em muitos casos é necessária uma resposta firme e enérgica. Confiar em Deus é indispensável; orar é preciso, entretanto faz-se necessário confrontar o difamador a fim de que ele assuma a responsabilidade pela sua calúnia ou difamação.
Temos consciência de que nas igrejas locais as pessoas que cometem adultério, fornicam e roubam são disciplinadas, mas não é comum vermos a disciplina aos "Sambalates" quando caluniam prejudicando os líderes ou os membros da congregação. Serão dois pesos e duas medidas?

A Crítica dos Adversários
Além de expressar publicamente a sua indignação contra os edificadores dos muros de Jerusalém, os adversários usaram a arma da crítica e da zombaria contra eles, e, em especial, contra Neemias, a fim de provocar um clima de abatimento entre os que queriam trabalhar.
Sambalate "...escarneceu dos judeus" (Ne 4.1). Além de Sambalate, outro inimigo declarado expressou sua maldade. "E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra" (Ne 4.3).
Há um provérbio antigo que diz: "Iguais com iguais facilmente se congregam". Tobias e Sambalate eram da mesma estirpe. Juntamente com Gesém, uniram-se para prejudicar o trabalho do homem de Deus e dos que queriam trabalhar ao seu lado.

(do Livro de Neemias - Integridade e Coragem em tempo de Crise - Elinaldo Renovato)