quarta-feira, 28 de março de 2012

IGREJA e RELIGIÃO


Esta palavra grega ekklésia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convenção (Gr. Ekkaleo). No Novo Testamento; o termo designa principalmente o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef. 2.19), com o propósito de adorá-lo. A palavra igreja pode referir-se a um local (Mt. 18.17; At. 15.4) ou à um sentido de universalidade (Mt. 16.18; At. 20.28; Ef. 2.21-22).

·         A igreja é apresentada como o povo de Deus (ICo.1.2; 10.32; IPe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo. É um povo peregrino, que já não pertence a esta terra, cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus.

·         A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é parte inerente de sua natureza e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (II Co 6.16.18).

·         A igreja é templo de Deus e do Espírito Santo. Requer dela separação da iniquidade e da imoralidade.

·         A igreja é uma comunhão (Gr. Koinonia) espiritual (IICo 13.13). Isto significa a habitação, a unidade, o batismo e a comunhão do Espírito Santo.

·         A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Tem por centro a volta de Cristo para buscar o seu povo.

Religião (do latim religare, significando religação com o divino) é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.

A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de ou sistema de crença, mas ela difere-se da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões têm comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas. A sua prática pode também incluir sermões, comemorações das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, matrimoniais, meditação, música, arte, dança, outros aspectos público ou da cultura humana.

O desenvolvimento da religião assumiu diferentes formas em diversas culturas. Algumas colocam a tônica na crença, enquanto outras enfatizam a prática, focam na experiência subjetiva do indivíduo, enquanto outras consideram as atividades da comunidade como a mais importante, afirmam serem universais, acreditando que suas leis e cosmologia são válidas ou obrigatórias para todas as pessoas, enquanto outras se destinam a serem praticada apenas por um grupo bem definido ou localizado. Em muitos lugares, a religião tem sido associada com instituições públicas, como educação, hospitais, família, governo e hierarquias políticas.

Alguns acadêmicos que estudam este assunto têm dividido as religiões em três categorias amplas:

·         Religiões mundiais, que se refere à crenças transculturais e internacionais;

·    Religiões indígenas, a grupos religiosos menores, oriundos de uma cultura ou nação específica; 

  E o novo movimento religioso, destinados às crenças recentemente desenvolvidas.

Uma teoria acadêmica moderna sobre a religião, o construtivismo social, diz que a religião é um conceito moderno que sugere toda prática espiritual e adoração e segue um modelo semelhante ao das religiões abraâmicas, como um sistema de orientação, que ajuda a interpretar a realidade e definir os seres humanos e, assim, a religião, como um conceito, tem sido aplicado de forma inadequada para culturas não ocidentais que não são baseadas em tais sistemas ou em que estes são uma construção substancialmente mais simples.

Com esta pequena explanação e definição de nosso vocábulo a respeito destas palavras, juntamente com você meu caro leitor e seguidor, quero ter uma pequena participação nesta reflexão sobre este assunto, igreja e religião:

Na história, vimos que em nome da igreja, “poderosos” ceifaram vidas para uma conquista de interesses particulares e impediram que os povos conhecessem a verdade. Com a imposição das leis autoritárias e com amarras, conceitos ideológicos, doutrinários, eram apresentados de maneiras subjetivas, e “ai daquele que não aderisse”.

Esta imposição foi tamanha e estendeu até aos dias atuais, ela tornou-se numa falácia na representação da própria igreja, que não consegue definir a verdade da mentira.

No entanto, se unirmos estas duas palavras (Igreja e Religião) pelo seu sentindo original, encontramos pessoas que unidas pelo amor, simples, porém sincero e verdadeiro, deixaram de ouvir aqueles que não desejaram o crescer do Reino de Deus, mas buscaram na reflexão e na revelação divina das Escrituras Sagradas e da comunhão do relacionamento com o próprio Deus.

Na religiosidade, que se acredita estar correta, afastamos do puro e verdadeiro ensinamento, daquele que é o mestre, doador de sua própria vida para cada um de nós.

Ao refletir este assunto, deixe os grilhões que durante séculos prenderam e impossibilitaram a plena visão maravilhosa de um reino simples, mas cheio de grandeza, de possível aceitação, um reino de homens e mulheres livres pelo amor.

Paulo R. Magalhães